Completa.

É assim que me sinto. A mulher mais feliz do Mundo!

Depois de tanta preocupação e medo, correu tudo tão bem que ainda nem consigo acreditar.

A Margarida é linda, saudável e grande!

Parece-me ainda que tudo é um sonho!

Na madrugada de 6 de Janeiro, dia que em que eu gostava que nascesse a minha filha, as contrações chegaram em força às duas da manhã. Quando saí de casa o intervalo entre cada uma delas já era inferior a 10 minutos. Cheguei ao hospital e fui atendida pelo mesmo médico que me tinha atendido umas horas antes, espanhol, bem disposto. Já tinha 4 dedos de dilatação, quase metade do trabalho de casa feito tal como ele me disse. Preparei-me e levaram-me para o bloco de partos. O Carlos esteve sempre comigo e isso foi sem dúvida uma grande ajuda. Deram-me a epidural que não custou nada também porque o médico era muito simpático e atencioso. E por esta altura cessam as dores e as contrações. A epidural parou por completo o trabalho de parto. Mas foi bom pois assim ainda consegui descansar um bocadinho e cheguei a dormir, cada vez que olhava para o meu marido sentado naquela cadeira a dormirtar sentia-me tranquila e confiante, tinha chegado a nossa hora e tudo ia correr bem!

Entretanto o ritmo cardíaco da Margarida começa a aumentar. Chega a passar os 200 batimentos por minuto e gera-se agitação no bloco... Cheguei a ter 4 médicos obstetras a controlar a situação. Chega-se à conclusão que estou a ficar com febre. Deram-me um anti-pirético e penincilina para evitar infecções. O ritmo cardíaco dela começa então a descrescer mas como ainda estava alto aceleraram o trabalho de parto. Rebentaram-me a bolsa e toca de aumentar a dose de ocitoxina no soro. A partir daqui foi tudo muito rápido. Senti-a encaixar-se e chamei a enfermeira parteira: "chegou a hora da minha filha nascer, ela já encaixou e eu tenho de fazer força", mandaram-me virar de lado esquerdo e colocar a perna direita na perneira esquerda e fazer força cada vez que viesse uma contração, assim foi e quando as enfermeiras parteiras me mandaram virar para a fazer nascer, com a dilatação completa, mal tiveram tempo de acabar de vestir os trajes! Em 4 contrações a Margarida estava cá fora a chorar.

Foi o momento mais emocionante da minha vida! Atrevo-me a dizer que foi mais do que o momento do nascimento do Guilherme porque estava muito mais consciente, muito mais com o controlo da situação, muito mais fresca.

6 de Janeiro de 2008

11:45h

Indice apgar 9-10

3900gr

52cm

Quando a puseram em cima de mim foi uma sensação única. Isso não aconteceu com o Guilherme que teve de ser imediatamente aspirado e só depois de o limparem e embulharem num cobertor é que o puseram em cima de mim. A Margarida ainda tinha o cordão que o Carlos cortou em seguida.

E fica ainda tanto por contar neste relato... Mas com o tempo vou acrescentando todos os pormenores que ficam a faltar agora.

Bem vinda filha! Vieste fazer-nos mais felizes e completos! Obrigada!